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BIOGRAFIA

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José Fonseca da Cunha

Nasceu em 1914, na cidade de Itanhandú, Minas Gerais. Em 1931, residindo no Rio de Janeiro, ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), diplomando-se em 1936. Paralelamente, exerceu a função de interno acadêmico da Santa Casa de Misericórdia. De 1937 a 1939, foi médico estagiário da Assistência Municipal do Rio de Janeiro.

Em 1940, por intermédio de Hernani Agrícola, foi contratado como médico pela Fundação Rockefeller, no Serviço de Estudos e Pesquisas sobre Febre Amarela. Permaneceu nessa instituição até 1949, quando foi transferido para o Serviço Nacional de Febre Amarela. Em 1950, esse órgão foi incorporado ao Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e José Fonseca da Cunha passou a desenvolver trabalhos na seção de produção de soros e vacinas da Divisão de Virologia, ao lado de Henrique Pena.

Em 1955, foi convidado por Antonio Augusto Xavier para exercer o cargo de secretário-administrativo do IOC e, após três meses, assumiu a direção do Hospital Evandro Chagas. Em 1950, tornou-se chefe do laboratório de produção da vacina antivariólica da Divisão de Virologia. Em 1964, nessa mesma divisão, assumiu o cargo de chefe da seção de produção de soros e vacinas. No ano seguinte, desempenhou a função de chefe da Divisão de Nosologia do IOC, atividade que acumulou com as de coordenador e supervisor da fabricação de produtos biológicos. Em 1968, foi nomeado diretor substituto do IOC, cargo que ocupou até 1969 quando, a convite do Ministro da Saúde Francisco de Paula da Rocha Lagoa, ocupou o cargo de chefe de gabinete. Exonerou-se em 1972, retornando à Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ).

Entre 1959 e 1969, recebeu bolsas de estudos da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), para aprimoramento tecnológico de produção da vacina antivariólica liofilizada na Europa e América do Norte, devido ao envolvimento do Brasil na campanha de erradicação da varíola no mundo, esforço coordenado pela OMS. Em 1962, tornou-se membro do Comitê Executivo da Campanha Nacional de Erradicação da Varíola.

Em 1967 e 1968, participou como consultor da OPAS, das campanhas de vacinação contra a febre amarela, na Colômbia, e contra a varíola, no Equador. Dois anos depois, foi convidado para a participar como subchefe da delegação brasileira, na 23ª Assembléia Geral da OMS, realizada em Genebra. Em 1971, foi delegado do Brasil na 66ª Reunião executiva da OPAS/OMS, em Washington e, de 1972 a 1973, foi membro do Conselho Nacional da Cruz Vermelha.

Em 1974, recebeu da OPAS e da OMS bolsas de estudos para realizar estágio de aperfeiçoamento no preparo da vacina BCG liofilizada, no México e Canadá. Em 1976, fez estágio referente à produção de BCG no Instituto Pasteur, em Paris. Trabalhou na Fundação Ataulfo de Paiva, instituição voltada para a produção dessa vacina, onde permaneceu até 1997.

Devido ao convênio assinado entre a FIOCRUZ e o governo japonês, José Fonseca da Cunha visitou o Instituto Biken, da Universidade de Osaka, em 1984, para o estudo do processo de produção das vacinas contra o sarampo e a poliomielite.

José Fonseca da Cunha exerceu em Bio-Manguinhos, unidade produtora de imunobiológicos da FIOCRUZ, a função de coordenador de produção de vacinas virais e de apoio tecnológico. Aposentou-se pela FIOCRUZ em dezembro de 1990, aos 76 anos de idade.



Fim