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BIOGRAFIA

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Henry Hill Hickman

Henry Hill Hickman, (1800-1830), médico inglês, desde os tempos de estudante em Edinburgh, Hickman não se conformava com o sofrimento dos doentes durante as intervenções cirúrgicas. Vivia em Ludlow, onde realizou experiências em animais, operando-os sob a ação da inalação do dióxido de nitrogênio. Notou que os animais, sob a ação deste gás, não demonstravam sentir a menor dor durante o ato cirúrgico e teve a idéia de usar o mesmo processo no homem. Para tanto, solicitou permissão a Royal Society, da qual faziam parte Davy e Faraday, que conheciam a ação do dióxido de nitrogênio. 

Foi nomeada uma comissão para apreciação do assunto e a autorização lhe foi negada. 

Dirigiu-se, então, à Associação Médica de Londres, onde sua solicitação foi recebida com indiferença e ele foi considerado um visionário. Como última tentativa, em abril de 1828, escreveu ao rei Carlos X, da França, pedindo-lhe que desse a conhecer suas experiências à Academia de Paris. Em sessão especial de 28 de setembro de 1828, a Academia, com um único voto favorável do cirurgião Larrey, que servira no exército de Napoleão, pronunciou-se contra, considerando um crime expor o paciente a um risco adicional pela inalação de gás. Velpeau, um dos mais consagrados cirurgiões da França, declarou que considerava uma utopia a cirurgia sem dor. Amargurado, Hickman voltou à Inglaterra e faleceu dois anos depois. 

A anestesia geral na prática cirúrgica teria de esperar por mais 18 anos, quando foi introduzida por Thomas Morton, no General Massachussets Hospital, em Boston. 

Faleceu aos 30 anos incompletos.



Fim