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BIOGRAFIA

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Wladimir Lobato Paraense

Nasceu a 16 de novembro de 1914, em Icarajé-Mirim, Pará. Iniciou seus estudos universitários, em 1931, na Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará, graduando-se em 1937 pela Faculdade de Medicina de Recife. Um ano depois, recebeu bolsa de estudos em anatomia patológica na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Em 1936, foi aprovado em concurso para interno do Hospital Oswaldo Cruz, instituição ligada ao Departamento de Saúde Pública do Estado de Pernambuco. Nesse mesmo ano, participou como aluno do curso de parasitologia, ministrado por Samuel Pessoa na Faculdade de Medicina de Recife. Permaneceu no Hospital Oswaldo Cruz até 1939, quando ingressou como pesquisador assistente no Serviço de Estudo de Grandes Endemias (SEGE), do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Em 1941, foi contratado como biologista extranumerário do IOC, ficando responsável pelo serviço clínico do Hospital Evandro Chagas.

Mais tarde, foi comissionado pela direção do IOC para realizar pesquisas sobre pênfigo foliáceo e bouba no estado de Minas Gerais. Em Belo Horizonte, dedicou-se também à pesquisa em febre amarela, leishmaniose, malária e esquistossomose.

Em 1945, efetivou-se como biologista do quadro permanente do IOC, por concurso de provas e títulos, promovido pelo Departamento de Administração do Serviço Público (DASP). Juntamente com os trabalhos de pesquisa, dedicou-se à atividade didática, como professor dos cursos de protozoologia, parasitologia e imunologia do IOC. Em 1950, representou o IOC no Congresso Brasileiro de Higiene, em Recife.

De 1954 a 1956, foi pesquisador associado do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) para o estudo de moluscos planorbídeos do Brasil. Em 1956, foi comissionado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para coletar moluscos planorbídeos no Peru, na Bolívia, no México, em Cuba e na Venezuela, a fim de estudar problemas de sistemática desse grupo zoológico. Em 1959, realizou a mesma tarefa nas Guianas Inglesa, Holandesa e Francesa, desta vez comissionado pelo Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu).

De 1961 a 1976, realizou vários trabalhos sobre planorbídeos americanos em convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a qual pertence como membro do quadro de peritos em doenças parasitárias desde 1964. Nesse mesmo ano, seu laboratório foi indicado como centro de referência de identificação em moluscos planorbídeos pela OMS.

Entre 1961 e 1963, foi diretor do Instituto Nacional de Endemias Rurais (INERu). Em 1968, foi contratado como professor titular pela Universidade de Brasília (UnB), tendo ocupado os cargos de diretor do Instituto de Ciências Biológicas e de chefe do Departamento de Biologia Animal dessa instituição.

Em 1976, retornou ao Rio de Janeiro a convite do presidente da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Vinícius da Fonseca, para ocupar o cargo de vice-presidente de pesquisa da instituição, onde permaneceu até 1978.

Desde 1979, Wladimir Lobato Paraense além de pesquisador titular da FIOCRUZ é co-pesquisador principal do acordo de cooperação entre a Fundação e a University of South Florida, para pesquisa sobre vetores de esquistossomose no Nordeste do Brasil, subsidiado pelo Programa de Colaboração Institucional em Pesquisas sobre Doenças Infecciosas do National Institute of Health (EUA).

Em 1982, Wladimir Lobato Paraense foi agraciado com o prêmio Golfinho de Ouro pelas atividades desenvolvidas no campo da ciência, e em 1985, recebeu o Prêmio Oswaldo Cruz por sua dedicação à pesquisa no campo das doenças infecciosas e parasitárias.



Fim